A conferência intitulada foi realizada na sede da Catas em San Giovanni al Natisone A segurança do produto mobiliário: análise de risco, um tema transversal que afeta todo o setor moveleiro e seus principais operadores.
Na cadeira o dottor Andrea Giavon, diretor de Catas, que se revelou um orador claro e hábil ao ilustrar as implicações técnicas e regulatórias deste tema.
Catas é a realidade mais importante a nível europeu no que diz respeito a análises químicas, testes físicos e mecânicos de materiais, componentes e produtos utilizados nos sectores da madeira, mobiliário e construção.
Possui dois centros operacionais, San Giovanni al Natisone (UD) e Lissone (MB), equipados com excelentes laboratórios de última geração e os melhores técnicos especializados.
Nem todos sabem, mas a maioria dos acidentes fatais não acontecem na estrada, no avião ou mesmo por causas violentas, mas... em casa. Sim, em casa, dentro daqueles muros que em todos os países do mundo são sinónimo de segurança e proteção. Os objetos e acessórios que mais gostamos podem transformar-se em fontes de perigo se, antes de serem colocados no mercado, não for realizada uma análise de risco aprofundada.
A conferência A segurança do produto mobiliário: análise de risco foi organizado para coincidir com a publicação da nova versão do guia para a aplicação da diretiva máquinas.
O guia menciona especificamente os móveis com partes móveis (movimento motorizado) como sujeitos à aplicação desta directiva. Uma directiva que, se bem adoptada, se torna um verdadeiro instrumento para a segurança total dos produtos.
As normas de segurança estabelecidas por Comissão Europeia são também decididas com base na actualização das estatísticas sobre acidentes domésticos, estatísticas que foram ilustradas durante a conferência de dottor Giavon. Depois de falar sobre números, o palestrante convidou o público a refletir também sobre as responsabilidades ligadas aos produtos que usamos no dia a dia, inclusive os aparentemente inofensivos.
Na verdade, o tema é amplo e afecta diversas áreas do sector, incluindo empresas produtoras de mobiliário e acessórios não electrificados, que por sua vez estão sujeitas a Diretiva Geral de Segurança de Produtos.
Para que as pessoas entendam como o produto mobiliário está intimamente ligado à questão da segurança, o dottor Giavon ele deu o exemplo de uma poltrona com encosto reclinável manual e apoio para os pés. Uma sessão, acrescentamos, muito difundida e que, no imaginário comum, é sinónimo de relaxamento e de noites passadas em frente à lareira.
Pois bem, a confortável cadeira reclinável, embora não se enquadre na diretiva de máquinas, por não ser movida por motor, apresenta vários riscos. O grupo mais exposto é o dos recém-nascidos que engatinham, seguidos pelas crianças e, logo em seguida, pelo risco de tombamento, em todas as idades.
"Sob análise" especificou claramente o dottor Giavon “devemos considerar tanto o uso normal como também o uso anômalo, mas previsível”. Por exemplo, uma poltrona que, embora concebida para uma única pessoa, por vezes acomoda duas ou até três, transversalmente ou no apoio de braço.
No exemplo citado, o tombamento pode ser causado por carga excessiva ou colapso estrutural com consequências gravíssimas para os envolvidos”.
A questão é: como avaliamos esses riscos?
Felizmente, existem normas nacionais, normas europeias e normas internacionais para as avaliar e devem ser respeitadas.
Na conferência o dottor Andrea Giavon foi firme ao sublinhar a obrigação de certificar os produtos através da realização de todas as avaliações de risco adequadas. Além disso, e sobretudo, graças à ajuda de laboratórios de testes especializados que, acompanhando o processo do início ao fim, auxiliam a controladora na colocação no mercado de um produto seguro para proteger o usuário final e também a própria empresa.
O orador sublinhou quantos empresários do sector negligenciam estes aspectos.
“A certificação CE do produto não é o ponto de chegada, mas sim o ponto de partida.
A empresa-mãe, que melhor que outras conhece os riscos associados às suas linhas, e que a comunidade europeia indica como única responsável pelo artigo de mobiliário, terá de avaliar e remediar os riscos presentes, recorrendo eventualmente a consultores e estruturas especializadas que apoiem ele nesta tarefa." disse o dottor Giavon.
Embora o público, maioritariamente constituído por empresários do sector dos componentes para o lar e mobiliário, tenha parecido bastante impressionado com as palavras do dottor Giavon, sua mensagem é positiva porque a análise de risco é uma grande ajuda para as empresas.
Terminada a conferência, também perguntamos ao dottor Roberto Passini, administrador de Sicom Testing:
“No setor eletroeletrônico já percebemos essas mudanças na segurança há alguns anos. O ponto de viragem ocorreu por volta do ano 2001. Nos anos seguintes, isto representou um divisor de águas entre aqueles que evoluíram e aqueles que não evoluíram.
As empresas que compreenderam a importância dos testes de segurança, contando com centros especializados, aumentaram as vendas e reduziram a sua responsabilidade em caso de acidentes. Aqueles que, por medo dos custos, ignoraram os regulamentos foram esmagados pela evolução do mercado e, nos piores casos, tiveram que responder à lei e retirar os produtos do mercado.”
Ainda sobre este tema, está a ser organizada uma nova conferência, prevista para o primeiro semestre de 2018, que abordará especificamente o tema muito delicado da produtos de mobiliário elétrico ele nasceu em testes de componentes de móveis motorizados e de Marcação CE para móveis em que também o dottor Roberto Passini De Sicom Testing foi convidado para ser um dos palestrantes.
O dottor Giavon foi muito claro.
“A avaliação de risco é responsabilidade direta da produtora, não há saída.
O que, à primeira vista, pode parecer um custo adicional, ou seja, contar com laboratórios especializados em testes e inspeções, na realidade representa o maior e mais seguro investimento para os empresários, isentando-os da responsabilidade civil e tornando-os muito mais competitivos tanto em Itália como no estrangeiro. ".Andrea Giavon
O dottor Andrea Giavon é licenciado em química industrial pela Universidade de Veneza (com nota máxima) e é um dos melhores especialistas nas regras relativas à segurança dos produtos colocados no mercado. Trabalha na Catas desde 1984 e é seu diretor há dez anos.
O método de 3 etapas
O método de 3 etapas é um dos passos importantes do atual guia de aplicação da Diretiva de Máquinas e estabelece prioridades que reportamos na íntegra e, embora seja citado na Diretiva de Máquinas, destina-se a ser aplicado em avaliações de segurança também relativas a outras directivas.
Etapa 1 = primeira prioridade – Medidas de projeto inerentemente seguras;
Passo 2 = segunda prioridade – Medidas técnicas de proteção;
Passo 3 = terceira prioridade – Informação aos utilizadores.
De acordo com o método, quem projeta deve tratar o risco em três níveis diferentes.
O primeiro nível é o mais seguro, ou seja, aquele em que a causa do perigo é totalmente eliminada.
O segundo nível, porém, é aquele em que as causas do risco não podem ser eliminadas, mas são adotadas medidas técnicas para proteger os usuários dos efeitos dessas causas.
A terceira e última é aquela em que, perante a impossibilidade de medidas de proteção, procedemos a fornecer ao cliente final instruções detalhadas sobre a presença do risco.
O convite aos produtores é projetar sempre aplicando o maior nível possível desta escala aos riscos presentes, aproveitando todas as ferramentas que o conhecimento e a tecnologia atuais disponibilizam.
Além disso, especifica-se que o aumento do custo do produto devido à segurança não é considerado uma razão válida para não aplicar as precauções pertencentes ao nível superior.
Sicom Testing oferece um serviço completo para certificação de componentes de iluminação, produtos elétricos, equipamentos eletrônicos e testes de componentes de móveis motorizados
Para solicitar mais informações sobre este tema, escreva para info@sicomtesting.com
ou ligue para +39 0481 778931.
A análise da Dra. Giavon na conferência e o método de três etapas que ela comenta sobre como ter uma boa segurança de móveis por meio de medidas de design, proteção técnica e informações ao usuário são interessantes. Artigo muito útil. Saudações.